Depois de um não muito longo período em que houve espaço suficiente para manter debate sobre a nossa seleção nacional, eis chegado o momento em que tudo tem de ser levado mais a sério: esta tarde, a partir das 17h00, em Budapeste, Portugal começa a defender o título de campeão da Europa de futebol, que ostenta vai para cinco anos.
E a tarefa não se adivinha fácil, antes pelo contrário. Incluídos num grupo de que fazem também parte dois ferozes candidatos à conquista do novo título, a seleção lusa começa nesta terça-feira por aquela que parece ser a parte menos difícil.
Pela frente, vamos ter a Hungria, sobre a qual se reconhecem vantagens de vária ordem, mas também algumas desvantagens, que poderão não ser fáceis de ultrapassar.
Temos melhor equipa, constituída por jogadores de muito alta qualidade, um selecionador experimentado e conhecedor da matéria, mas o nosso adversário vai poder contar com o suporte de sessenta mil adeptos, num estádio onde a presença portuguesa será pouco mais do que residual.
Sobre as dificuldades que este Europeu encerra, temos já alguns exemplos. E o mais recente aviso chegou-nos ontem de Sevilha, onde a favorita Espanha não foi capaz de levar a melhor sobre a Suécia, uma formação que antes do jogo não dispunha sequer do mais pequeno espaço na bolsa das apostas internacionais. Claro que não ficou em causa a qualificação dos nossos vizinhos, apesar de se ter revelado necessária mais e melhor eficácia da sua produção, indispensável para os jogos que se seguirão.
Hoje, três seleções favoritas entram em ação: no grande desafio do dia, em Munique, Alemanha e França vão esclarecer todas as dúvidas sobre qual dos dois é mais favorito à vitória final.
E, antes disso, Portugal também terá de fazer a sua parte.
Selecionador e capitão da nossa equipa deram ontem conta das boas expectativas que estão instaladas no seio do grupo. Falta saber quais os jogadores que estão na mente de Fernando Santos para o primeiro de possíveis sete jogos até à chegada à meta.
Como sempre, há boas razões para confiar no nosso selecionador e nos nossos jogadores.