Pinto da Costa quer construir a "Cidade do FC Porto", um conjunto de instalações que promete que será "muito mais do que um centro de treinos ou de estágio".
O atual presidente dos dragões publicou, esta segunda-feira, o seu "compromisso" para o próximo mandato, caso seja reeleito presidente do FC Porto.
Conquistar títulos no futebol é a grande prioridade e, para tal, Pinto da Costa pretende apostar nas infraestrutruras do clube com a criação da "Cidade do FC Porto", com destaque para o foco na formação.
"Apesar de várias dificuldades, nos últimos anos tivemos capacidade para formar uma extraordinária geração de jogadores, que alcançou o topo da Europa e que já começa a dar cartas ao mais alto nível. Acredito que o sucesso do FC Porto no presente e no futuro passa por muitos desses atletas, e tenho a convicção de que poderemos fazer ainda mais e melhor quando entrar em funcionamento, durante o próximo mandato, a Cidade do FC Porto, um conjunto de instalações de ponta que será muito mais do que um centro de treinos ou de estágio", pode ler-se.
Pinto da Costa fala em "renovar os órgãos dirigentes no clube", mas sempre mantendo o mesmo objetivo: "ganhar, ganhar, ganhar".
"Tal como aconteceu quando me candidatei pela primeira vez, tenho consciência de que este é um momento que exige mudanças e estou disponível para voltar a protagonizá-las. Queremos continuar a ser um caso de estudo no panorama do futebol mundial, e isso implica superar deficiências nos planos financeiro, organizacional e desportivo. Além disso, impõe-se renovar os órgãos dirigentes do clube. Os objetivos serão os mesmos de sempre: ganhar, ganhar, ganhar", afirma.
Em relação às restantes modalidades, Pinto da Costa quer manter os dragões na elite do desporto mundial e recorda o regresso do clube ao ciclismo e voleibol.
"Nas restantes modalidades, o objetivo é igualmente manter o nível de elite do FC Porto. Tornar o que já temos cada vez melhor parece-me mais importante e mais adequado à realidade atual do que pensar no que não existe neste momento. Este princípio não invalida, de forma alguma, que possam surgir novos projetos, ao nível daqueles que ainda recentemente resultaram nas reativações do ciclismo e do voleibol, na vertente feminina. Tanto num caso como no outro, trata-se de parcerias devidamente sustentadas e ao nível dos pergaminhos do nosso clube, que se traduzem naquilo que é mais importante: títulos", diz.
Presente é "duro", foco está no futuro
O atual presidente continua focado no futuro do clube e na reinvenção que foi necessária no clube durante os 38 anos de presidência.
"Vivi com todos vós um conjunto de tantas e tão grandes alegrias que nem cabem em palavras, mas não é para o passado que quero olhar agora, em 2020, quando me candidato para mais um mandato à frente do clube. O que me moveu foi sempre o futuro. Se todos juntos ganhámos muito, foi porque soubemos sempre acompanhar as mudanças ou estar à frente delas. Por isso vencemos em tempos tão diferentes", diz.
Apesar de admitir a mudança, o presidente quer que o FC Porto continue com a mesma essência: ser um clube incómodo.
"Não abdicaremos, por fim, de ser aquilo que somos há décadas: um clube incómodo. Somos incómodos porque nos levantamos contra as injustiças de um país estupidamente centralizado. Somos incómodos porque lutamos e vamos continuar a lutar pela verdade desportiva. Somos incómodos porque ganhamos muitas vezes contra tudo e contra todos. Somos incómodos porque os que querem fazer crer que somos provincianos sabem bem que o nosso nível é internacional. O incómodo que causarmos continuará a ser uma medida do nosso sucesso", termina.
As eleições no FC Porto estão agendadas para os dias 6 e 7 de junho. Na corrida estão também Nuno Lobo e José Fernando Rio.
Para a sua equipa diretiva, Pinto da Costa já anunciou a entrada de Vítor Baía, antiga glória do clube, que ocupará o cargo de vice-presidente.