O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) instaurou um processo disciplinar, com caráter de urgência, a Miguel Afonso, treinador do Famalicão que foi acusado de assédio sexual por jogadoras que orientou no Rio Ave na temporada 2020/21.
O CD determinou, ainda, a suspensão preventiva não automática do treinador, de 40 anos, que, segundo avançou, na quinta-feira, o jornal "Público", enviava mensagens de caráter íntimo a jogadoras do Rio Ave.
O próprio Famalicão anunciou, esta sexta-feira, a suspensão de Miguel Afonso, "por mútuo acordo e com efeitos imediatos, (...) até que a verdade dos factos seja apurada". Na véspera, o clube tinha afirmado "não ter conhecimento de nenhuma acusação ou denúncia (...) que recaia sobre o técnico". Menos de 24 horas depois, suspendeu Miguel Afonso.
O treinador é acusado de assédio de sexual por algumas jogadoras do Rio Ave, que treinou na época 2020/21. O técnico, que treina agora a equipa feminina do Famalicão, terá trocado algumas mensagens íntimas com jogadoras com idade entre os 18 e os 20 anos, solicitando fotos e vídeos.
Na noite de quinta-feira, Mariana Vaz Pinto, antiga dirigente da Belenenses SAD e da equipa feminina do Sporting, divulgou nas redes sociais algumas alegadas conversas do treinador com uma jogadora.
No Instagram, Miguel Afonso desmentiu as alegações e falou num "esquema" contra si, dizendo-se “forte e focado” e pronto a defender-se.
De acordo com a CNN, um grupo de antigas jogadoras do Rio Ave e de outros clubes entregaram, esta sexta-feira, uma queixa anónima na FPF contra o treinador. No documento enviado estão provas do alegado assédio do treinador enquanto no Rio Ave e de que o Famalicão foi informado das acusações no própria dia em que contratou o técnico.