O secretário-geral do PCP, Jerónio de Sousa, admitie viabilizar, na generalidade, o Orçamento Suplementar, esta semana em debate no parlamento, mas deixa em aberto o sentido de voto para a votação final global.
Em entrevista à TSF, Jerónimo de Sousa admitiu que, na votação na generalidade, pode “haver a consideração da viabilização da proposta” que depois “baixará à comissão” parlamentar, na qual o PCP poderá tentar “conseguir incluir” algumas das propostas dos comunistas.
Se poderá ser um voto a favor, questionou o jornalista Anselmo Crespo, o líder comunista afirmou que “não diria tanto”, admitindo que pode ser uma abstenção.
Depois, na votação final global, os três sentidos de voto “estão em aberto” e depende do texto final do Orçamento Suplementar que, na primeira versão, considerou ser “muito insuficiente”.
É insuficiente, justificou, porque “não corresponde sequer ao que foi anunciado” pelo Governo e que “atira para mais tarde” outras medidas do orçamento, apresentado para fazer face aos efeitos económicos e sociais da pandemia de covid-19.
Jerónimo de Sousa assumiu que pretende insistir em várias propostas do partido no debate na especialidade, sem esperar por medidas posteriores do executivo, e usou um aforismo popular: “Enxoval que não vai com a noiva, tarde ou nunca aparece.”