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O Exército deduziu acusação nos três processos instaurados na sequência da morte de dois aspirantes no 127º Curso de Comandos.
Em causa está a “violação de deveres militares previstos no Regulamento de Disciplina Militar”, explica em comunicado o porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira.
Depois de deduzida a acusação está a “a decorrer o prazo para os arguidos apresentarem a sua defesa”, adianta.
A notícia é conhecida um dia depois da divulgação dos resultados da inspecção técnica ao Curso de Comandos, realizada pela Inspecção-Geral do Exército (IGE).
O relatório aponta várias falhas e recomenda um conjunto de alterações, como "a necessidade de rever e melhorar o apoio e a evacuação médico-sanitária" e mais formação para os formadores.
Os militares Hugo Abreu e Dylan Silva morreram na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no dia 4 de Setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.
Um total de sete militares foram constituídos arguidos. Aguardam o desenrolar do processo em liberdade, com a medida de coacção de termo de identidade e residência (TIR).
Entre os arguidos está um médico, que foi indiciado por dois crimes de homicídio negligente.