O Bloco de Esquerda (BE) de Loures defende justiça no caso da morte do ator Bruno Candé Marques, que foi baleado no sábado em Moscavide, exigindo que todos os pormenores e motivações do crime sejam devidamente apurados.
“O assassinato de Bruno Candé Marques choca-nos profundamente e obriga-nos a todos, enquanto sociedade, a refletir sobre como foi possível acontecer em plena luz do dia no centro de Moscavide”, no concelho de Loures, distrito de Lisboa, avançou a concelhia do BE, endereçando condolências à família e amigos.
À margem de uma conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foi hoje questionado sobre a abertura de um inquérito sobre este crime, ao que respondeu que a Polícia de Segurança Pública (PSP) “deteve, de imediato, o alegado responsável” pelo crime de homicídio.
“As autoridades judiciárias tomarão as suas decisões relativamente a um crime que vivamente repudiamos”, afirmou Eduardo Cabrita.
No sábado, a família de Bruno Candé Marques exigiu "justiça célere e rigorosa" perante um crime que considerou "premeditado e racista".
Em comunicado, a família do ator, de 39 anos, refere que Bruno Candé Marques "foi alvejado à queima-roupa, com quatro tiros, na rua principal de Moscavide" e que "o seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas".
"Face a esta circunstância", a família considera que "fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime" e exige que "a justiça seja feita de forma célere e rigorosa".
O comunicado realça que Bruno Candé Marques era ator da companhia de teatro Casa Conveniente desde 2010, tendo participado em telenovelas.
Sem mencionar a identidade da vítima, a PSP informou que um homem morreu no sábado, após ter sido baleado em várias partes do corpo, por outro homem, com cerca de 80 anos, na avenida de Moscavide, em Loures.
Segundo a PSP, o suspeito do crime de homicídio foi detido e a arma de fogo apreendida.
Em comunicado, a associação SOS Racismo reclamou que a "justiça seja feita" contra um "crime com motivações de ódio racial".
Para a associação, "o caráter premeditado do assassinato não deixa margem para dúvidas de que se trata de um crime com motivações de ódio racial".