Para compensar o adiamento da venda do Novo Banco, o Estado deve pedir mais dinheiro emprestado e deixar cair os pagamentos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A notícia é avançada pelo “Diário Económico”, garantindo que estas medidas já foram admitidas pelo Instituto do Tesouro aos investidores.
O objectivo é tapar o buraco aberto pelo adiamento da venda do Novo Banco. O Tesouro contava receber este ano os 3,9 mil milhões que o Estado emprestou, mas o banco já não será vendido em 2015.
Para garantir este dinheiro, o Instituto do Tesouro admite emitir mais dívida, um reforço de 1.300 milhões de euros, face ao que estava previsto para este ano.
O novo mapa, apresentado agora aos investidores, já não inclui o último pagamento antecipado ao FMI, previsto para o final do ano, de 2.200 milhões de euros.
O tesouro retirou ainda à conta dos depósitos, a chamada “almofada”, 400 milhões de euros.
Tudo somado, dá exactamente 3,9 mil milhões de euros, o valor do empréstimo ao Novo Banco.
Apesar de Passos Coelho ter anunciado que a revisão dos pagamentos antecipados ao Fundo Monetário Internacional ainda estava a ser ponderada, o Tesouro já não está a contar pagar ao FMI, este dinheiro já tem outro destino.