O Partido Social Democrata sueco, no poder, aprovou este domingo uma candidatura da Suécia à NATO, abrindo caminho a um pedido de adesão pelo Governo.
Numa reunião extraordinária, a direção decidiu que o partido irá "contribuir para uma candidatura da Suécia à NATO", dizem os sociais-democratas num comunicado.
A notícia surge no dia em que a Finlândia anunciou a intenção de aderir à NATO, alargando assim a aliança militar ocidental que conta com 30 membros.
A inversão na histórica posição de não alinhamento dos dois países escandinavos surge na sequência da invasão da Ucrânia por Moscovo em 24 de fevereiro, que fez mudar a opinião pública e política na Finlândia e na Suécia.
No comunicado de hoje, o partido sueco precisa, no entanto, que se opõe à instalação de bases permanentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) e de armas nucleares no território sueco, algo que não é exigido para aderir à Aliança Atlântica.
Uma consulta interna tinha revelado divisões no seio do partido, com vozes críticas que denunciavam uma decisão precipitada para seguir o calendário finlandês.
No entanto, a aprovação da direção do partido não estava em causa.
A primeira-ministra sueca e líder do partido, Magdalena Andersson, deverá falar em conferência de imprensa hoje às 18:00 (17:00 em Lisboa), em Estocolmo.
A decisão deverá ser aprovada por maioria no Parlamento, já que a direita já defendia a adesão e a extrema-direita é também favorável, desde que a Suécia entre na NATO juntamente com a Finlândia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, qualificou no sábado como "um erro" a candidatura da Finlândia e Moscovo avisou Helsínquia de que será forçado a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se o país aderir à NATO.