Os novos autocarros a gás que estão a renovar a frota da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) têm altura a mais para conseguirem passar sob alguns viadutos do Grande Porto.

Para tentar resolver a situação, algumas carreiras dos novos autocarros a gás estão a ser asseguradas pelos autocarros antigos, uma vez que “há certos circuitos de carreira onde os novos autocarros não podem circular, porque há viadutos onde o carro não consegue passar por baixo”, diz à Renascença Eduardo Ribeiro, motorista e dirigente do Sindicado dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte.

O sindicalista acrescenta que a situação se vai agravar "à medida que os novos autocarros forem entrando em circulação". Neste momento, são apenas 27 viaturas, mas foram encomendadas 173.

“A frota está a ser renovada. Quantas mais viaturas houver, mais difícil é enquadrar as cinco carreiras onde esses carros não podem circular”, afirma.

Para evitar acidentes, foram colocados autocolantes nas cabinas dos novos autocarros para que os motoristas não se esqueçam dos locais por onde não devem passar.

“Tem lá um autocolante a informar os mais distraídos de que essas viaturas não podem circular nas linhas”, comenta Eduardo Ribeiro.

A Renascença está a tentar ouvir as explicações da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).

O “Jornal de Notícias” adianta que estes autocarros foram escolhidos por uma questão de preço, uma vez que o modelo com degraus na parte traseira tem um custo mais baixo.