A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse hoje estar convicta de que os parceiros sociais estão a trabalhar para "o melhor acordo" de rendimentos e competitividade para o país, recusando estar em "contrarrelógio" para fechar o documento.
A governante falava aos jornalistas no final de uma reunião da Concertação Social na qual apresentou uma nova proposta sobre o acordo de médio prazo de melhoria de rendimentos, salários e competitividade, que já deverá conter medidas que serão integradas no Orçamento do Estado para 2023, cuja proposta será entregue no parlamento na segunda-feira.
"Tivemos mais uma reunião produtiva que resulta de um processo intenso, longo e profundo que começou em maio", sublinhou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em resposta a críticas dos parceiros sobre "a rapidez" com que o Governo pretende fechar o acordo.
"Não estamos a trabalhar neste acordo em contrarrelógio", reforçou Ana Mendes Godinho, acrescentando que o objetivo é "encontrar equilíbrios" entre as várias posições do Governo, centrais sindicais e confederações patronais.
"É um acordo de construção coletiva, em que procuramos introduzir todos os contributos que os parceiros foram dando ao longo do tempo", realçou a ministra.
O Governo propôs hoje aos parceiros sociais um referencial de valorização dos salários em 5,1% no próximo ano e em 4,8% no seguinte, segundo a proposta sobre o acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos e da competitividade.
Já o salário mínimo nacional deverá evoluir dos atuais 705 euros para 760 euros em 2023. As empresas que aumentarem salários em linha com os referenciais acordados, terão uma diferenciação positiva ao nível do IRC.