Mensagens curtas, agressivas e pouco fundamentadas. Na contagem decrescente para a ida a votos, no próximo domingo, o ambiente nas ruas do Brasil assemelha-se a um Twitter.
À chegada a São Paulo, muitas das pessoas com quem a Renascença conversou, expressam desprezo pelo candidato que não apoiam.
Para os votantes declarados em Bolsonaro, “a corrupção praticamente desapareceu”, ao passo que a governação do PT “foi o maior assalto a um país na história da Humanidade”.
Do lado contrário, argumentos opostos, como seria de esperar.
Mas o mais evidente, para além do tom verbal agressivo e da excessiva gesticulação, são as expressões faciais muito negativas dos comentadores políticos de rua.
A menos de uma semana das eleições, o Brasil é um misto de redes sociais e de revolta.
Há episódios de violência pontuais, mas, para muitos especialistas, é um dado adquirido que a tensão deverá crescer.
Lula da Silva já não terá mais ações de rua para se preparar para o debate decisivo da Globo, depois de ter sido muito criticado pela ausência no debate anterior. Muito provavelmente, vai apelar ao voto útil.
Jair Bolsonaro vai manter o tom acusatório, mas tentará capitalizar a perceção de melhoria económica e da queda do desemprego.