“Por iniciativa do Instituto de Segurança Social, na próxima semana vai ser assinado um protocolo, no sentido de criar brigadas de intervenção rápida que permitam, em cada distrito, apoiar estruturas de lares, de residências para idosos, que estejam com problemas devido à pandemia”, explica Francisco George.
O protocolo vai ser assinado pelo Governo e instituições sociais e as brigadas serão compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de segurança social.
“Trata-se de equipas multidisciplinares com médicos, enfermeiros e técnicos do serviço social e que vão fazer intervenções em caso de necessidade, intervenções essas que serão sinalizadas pelos respectivos institutos de segurança social, nas delegações que têm a nível distrital”, acrescenta.
O antigo diretor-geral da Saúde adianta ainda que todos os profissionais farão uma formação intensiva durante as próximas semanas.
"São equipas que vão fazer formação intensiva e que estarão preparadas, na perspetiva de poderem intervir durante, sobretudo, a época das semanas frias do ano que se avizinham”, esclarece.
João Ferreira de Almeida, da Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos aplaude a iniciativa.
“É uma medida muito positiva e necessária. Ainda bem que foi tomada. Já podia ter acontecido há mais tempo, mas mais vale tarde do que nunca”, afirma o dirigente, em entrevista à Renascença.
O presidente da associação adianta que não é a primeira vez que a Cruz Vermelha intervém, no sentido de prestar apoio aos lares, no contexto da pandemia do novo coronavírus.
“Já se tem recorrido à Cruz Vermelha, para substituir as equipas que tiveram de ficar em casa de quarentena. Tem funcionado bem e ainda bem que resolveram formalizar o protocolo, de forma a constituir uma equipa de reserva, em cada distrito”, diz.