Estudantes de várias escolas secundárias e universidades "invadiram, esta quinta-feira, o Ministério da Economia e do Mar para denunciar os alegados lucros extraordinários que a indústria fóssil" e para pedir a demissão do ministro António Costa SI, segundo informa em comunicado o movimento do "Fim ao Fóssil – Ocupa!", que dá ainda conta de que seis ativistas foram "identificadas pela polícia", sequência da ação de protesto.
De acordo com a nota enviada, o movimento estudantil defende que os lucros extraordinários se fazem "à custa da destruição do presente e futuro" e que "precisam de ser taxados e usados para colmatar a crise do aumento do custo de vida e assegurar um futuro sem combustíveis fósseis".
Segundo o mesmo comunicado, os estudantes da iniciativa "largaram notas sujas de petróleo" no interior do Ministério da Economia e do Mar, com o objetivo de "demonstrar a destruição incorporada nos lucros das empresas fósseis e a conivência" da respetiva tutela, enquanto exigiam a demissão do ministro António Costa e Silva. Os estudantes queixam-se de que "o dinheiro sujo vai para os bolsos dos acionistas e não para uma transição justa e investimentos na educação".
Para António Assunção, porta-voz da ação e da Greve Climática Estudantil Lisboa, os lucros extraordinários têm origem na "exploração, aumento do custo de vida e
aumento dos preços da energia" e defende, por isso, que "não há justiça social na economia fóssil" e que "o futuro não pode ser assim”.
Segundo informa o movimento da Greve Climática Estudantil na nota enviada, a "onda de ação" ocupará várias escolas secundárias e universidades em Lisboa, a partir do dia 7 de novembro e destaca a assembleia aberta “Peço a Palavra”, que decorrerá este domingo às 11h00, na praça José Fontana, e que juntará estudantes de todas as escolas que serão ocupadas.