Ataque com mísseis. Número de mortos na Ucrânia sobe para 19
11-10-2022 - 07:57
 • Renascença com agências

Presidente ucraniano assegura que o seu país não ficará “intimidado” pelo bombardeamento maciço das forças russas a várias cidades.

O serviço de emergência estatal da Ucrânia informou que o número de mortes, provocados pelos ataques russos a várias cidades, aumentou para 19 e os feridos subiram para mais de 100.

Durante a noite de terça-feira ouviram-se explosões também em Zaporíja. O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Emine Dzheppar, relata que a Rússia disparou, pelo menos, 15 foguetes sobre esta região, visando "uma instituição educacional, uma instituição médica e edifícios residenciais", sendo que o número de mortes resultantes deste ataque ainda não é conhecido

De acordo com o Ministério da Defesa, o exército russo lançou 83 mísseis sobre a Ucrânia, dois dias depois de uma explosão ter danificado a ponte de Kerch que liga a Rússia à Crimeia, uma infraestrutura estratégica e símbolo da anexação desta península ucraniana pela Rússia.

Como consequência destes ataques, que provocaram falhas de energias, quase 900 mineiros ficaram presos em quatro minas na cidade natal do presidente ucraniano, Kryvyi Rih, mas a maioria dos trabalhadores foi resgatada desde então. Continuam ainda presos no subsolo 98 pessoas, após o bombardeamento russo da cidade, segundo informações da agência de notícias estatal ucraniana Ukrinform.

“A Ucrânia não pode ser intimidada”

No seu habitual discurso noturno esta segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou que o seu país não ficará “intimidado” pelo bombardeamento maciço das forças russas a várias cidades da Ucrânia, que atingiram importantes infraestruturas de energia.

"A Ucrânia não pode ser intimidada. Só pode ficar muito mais unida. A Ucrânia não pode ser travada", sublinhou Zelensky, num vídeo divulgado nas redes sociais onde promete combates “mais dolorosos” para as forças russas na frente de batalha.

O governante frisou ainda que atualmente as forças de Moscovo não se podem opor às ucranianas no campo de batalha e que, por isso, recorrem “a este terror”.