O ministro das Finanças acusa os partidos de direita de inventarem o caso dos CTT apenas para atingir o novo secretário-geral do PS. Em declarações aos jornalistas no congresso do PS, Fernando Medina garantiu que Pedro Nuno Santos não teve qualquer intervenção no negócio.
“Os partidos da direita, PSD, IL e Chega, entenderam que queriam criar mais um caso para atingir o secretário-geral do PS e inventaram um caso”, referiu Fernando Medina.
À chegada ao congresso do Partido Socialista, Fernando Medina foi questionado sobre a compra de ações dos CTT e garantiu que ficou comprovado o interesse público da aquisição.
“Disseram que tinha havido uma compra secreta sem pareceres, disseram que 'estouvado' tinha comprado ações sem interesse público e depois dizem que a decisão foi do ministro das infraestruturas quando ele não teve qualquer intervenção”, garantiu o ministro das Finanças.
Fernando Medina está convencido que até ao dia das eleições a direita vai continuar com esta estratégia, até porque, diz o ministro, não têm nada a dizer ao país.
“Até ao final da campanha, a direita como não tem nada para dizer ao país, vão atirar casos e casinhos para denegrir a imagem do secretário-geral do partido socialista”, concluiu Fernando Medina.
Repto do Bloco de Esquerda é "delicodoce"
Fernando Medina reagiu ainda ao desafio lançado esta sexta-feira pela líder do Bloco de Esquerda. Mariana Mortágua assumiu o compromisso de, após as legislativas de março, "negociar um acordo de maioria para um programa de Governo" de esquerda que terá que ter medidas concretas para resolver problemas na saúde, educação, habitação ou salários.
O ministro das Finanças não esquece o voto contra do Bloco de Esquerda, que chumbou o Orçamento do Estado para 2020 e Fernando Medina diz que é apenas uma estratégia enganadora.
“Essas declarações são para parecer que se pode votar com facilidade no BE porque depois vão entender-se com o PS, mas a história mostra que não foi assim. Em 2019 houve uma aliança para chumbar o Orçamento de Estado. São umas vozes delicodoces mas que não impressionam particularmente”, disse Fernando Medina.