A capital da autoproclamada República do Nagorno-Karabakh foi, durante a madrugada desta quinta-feira, novamente alvo dos bombardeamentos das forças do Azerbaijão, constataram os repórteres da France Presse na cidade.
Durante toda a noite, ouviram-se as sirenes de alerta em Stepanakert, enquanto os projéteis atingiam os alvos, tal como na noite anterior.
O balanço de baixas ainda não foi determinado.
O tipo de armas utilizadas pelas forças do Azerbaijão não é conhecido com exatidão, mas as autoridades locais afirmam que se tratam, sobretudo, de Smertch, foguetes de 300 mmm fabricados pela ex-União Soviética, herdeiros dos Katiouchas conhecidos como "órgãos de Estaline".
Segundo a France Presse, os foguetes que não explodiram são semelhantes aos Smertch. Por outro lado, aparelhos voadores não tripulados armados sobrevoam a cidade.
Do lado do Azerbaijão, as autoridades militares acusam as forças apoiadas pela Arménia de terem bombardeado "zonas habitadas por civis" nomeadamente nos distritos de Bardinsk, Agdjabedine, Goranboy, Terter e Aqdam.
"Há mortos e feridos", disse o ministro da Defesa do governo de Baku.
O ministro da Defesa do Nagorno-Karabakh, apoiado pela Arménia e que se encontra na frente de combate, disse nesta quinta-feira que os combates foram retomados no "Norte e no Sul" da região montanhosa.
Desde o retomar do conflito armado, em 27 de setembro, surgirão vários apelos ao cessar-fogo da parte da comunidade internacional e do Papa Francisco. Mas nenhum deles foi ouvido. A Arménia ainda se mostrou disponível para negociar as tréguas, mas o Azerbaijão reagiu com novas acusações.