O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, voltou a afirmar esta terça-feira que Portugal defende mais investimento da União Europeia no combate às alterações climáticas e na inovação e ciência.
No segundo dia da Web Summit, maior conferência de tecnologia do mundo, a decorrer em Lisboa até quinta-feira, Siza Vieira também defendeu que o Brexit não deve travar o contributo dos países mais ricos e assumiu que Portugal está disponível para contribuir para o Orçamento comunitário com mais dinheiro.
"Portugal em particular já se manifestou não apenas no sentido de que está disponível para aumentar a sua contribuição para a União Europeia como chama a atenção para a circunstância de que, apesar de termos menos um país que é um grande contribuinte [o Reino Unido], a União tem, além das políticas atuais, de fazer face a novas necessidades que estão claramente identificadas como sendo prioridades da União. Estamos a falar de coisas como as alterações climáticas, como a inovação e a ciência, como as migrações e a defesa das nossas fronteiras."
Para enfrentar estes desafios, defende o ministro português, são precisas "novas fontes de financiamento e é nesse contexto que estamos a ter a discussão".
"Aquilo que é a contribuição dos Estados em geral vai aumentar. Em que medida e como é que depois vamos distribuir é isso que, neste momento, está a ser discutido ao nível do Conselho Europeu", adiantou Siza Vieira esta tarde.
As declarações foram proferidas à margem da assinatura de um contrato que vai gerar um novo fundo de investimento para 'startups' ibéricas com base em dinheiros privados e públicos, incluindo fundos comunitários, num total de 30 milhões de euros para novas empresas do setor tecnológico.