As reclamações apresentadas por utentes contra hospitais e maternidades aumentaram 33%. Os dados são do Portal da Queixa relativos aos primeiros cinco meses do ano e comparados com o mesmo período do ano passado.
O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, é a unidade de saúde com mais reclamações. Depois surgem o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Vila Franca de Xira, Hospital de Santa Maria (Lisboa) e o Hospital de São João (Porto).
De acordo com o Portal da Queixa, três quartos das reclamações denunciam falta de qualidade no atendimento por parte dos profissionais das unidades de saúde.
Já problemas com consultas (marcação, remarcação e cancelamento) motivaram 22% das reclamações. Também foram registadas dificuldades com o pagamento e faturação de consultas ou exames (2%) e queixas ligadas a outros motivos (2%).
Também foram identificados problemas relacionados com os serviços de ginecologia e obstetrícia em hospitais localizados em várias zonas do país.
Nos últimos dias, vários serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completarem as escalas de serviço de médicos especialistas.
Na quarta-feira passada, Marta Temido anunciou a criação de uma comissão para acompanhar a resposta das urgências de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos dos hospitais.
A comissão de acompanhamento criada em resposta à crise nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia vai arranjar uma fórmula para que exista "maior coordenação" entre os hospitais quando a maternidade ou o bloco de partos está encerrado.