"Não há ultimatos, não há posições de maneira nenhuma dessa natureza." O ministro dos Assuntos Parlamentares recusa a ideia de que o primeiro-ministro tenha dirigido um ultimato ao PS durante o discurso de tomada de posse e garantiu que o novo executivo quer fazer do Parlamento um "espaço de diálogo e de concertação de posições". Pedro Duarte, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, disse esperar dos socialistas uma "oposição construtiva", já que será o pais a ganhar com a estabilidade.
"O que há é uma vontade firme de trabalhar, de cumprir o nosso programa, mas, ao mesmo tempo, de haver muito diálogo, muita concertação e podermos todos juntos trabalhar para o mesmo", defendeu o ministro, depois de um breve encontro com Aguiar-Branco, o novo presidente da Assembleia da República, para apresentação de cumprimentos.
Pedro Duarte explicou que quis transmitir a Aguiar-Branco a vontade do Governo de fazer da "casa da democracia um espaço de diálogo" e de concertação de posições. "Agora o Governo tem a obrigação de governar, evidentemente com um programa político, mas consciente de que tem de conversar com todos, de dialogar, de concertar posições, de acolher contributos, estando todos com uma atitude construtiva, mesmo aqueles que estão na oposição."
Sobre a ideia de "uma oposição construtiva", o ministro disse ainda que, se for esse o caminho seguido no Parlamento, "no fim do dia, é o país que vai ganhar".
"Mais do que a estabilidade do Governo, aquilo que é importante é a estabilidade do país. Acho que é isso que nos deve mover a todos e, se soubermos assumir esse propósito, acho que a democracia vai ganhar", concluiu o ministro dos Assuntos Parlamentares.