O Papa Francisco pediu oração para que os muitos conflitos em curso no mundo encontrem a paz. Num domingo durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Santo Padre celebrou a missa da Palavra de Deus.
Durante a oração de Angelus, Francisco lembrou em particular as crianças vítimas das guerras, e assinalou o início do Ano da Oração, um ano “de descoberta do grande valor e absoluta necessidade da oração na vida pessoal, na vida da Igreja e do mundo”.
“Rezemos em particular pela unidade dos cristãos, e não nos esqueçamos de invocar o Senhor pela paz na Ucrânia, Israel, Palestina e tantas outras partes do mundo”, exortou.
Com este Ano da Oração, Francisco pensa “nos pequenos, nas tantas crianças feridas, privadas de afeto, de sonhos e de um futuro”, e pede aos cristãos que se sintam “responsáveis por rezar e construir a paz para eles”.
Antes, na missa na Basílica de São Pedro que celebrou o Domingo Palavra de Deus, o Papa sublinhou a importância de se viver o Evangelho, de onde se deve extrair a serenidade das palavras, em contraponto com as redes sociais.
“Que o Domingo da Palavra de Deus nos ajude a regressar com alegria às nascentes da fé. Caso contrário, acabamos por falar mais de nós que d’Ele. Voltemos às nascentes para oferecer ao mundo aquela água-viva que ele não encontra; e, enquanto a sociedade e as redes sociais acentuam a violência das palavras, concentremo-nos na mansidão da Palavra que salva”, declarou Francisco.
O Santo Padre lamentou ainda que haja crentes que nunca tenham lido um só Evangelho.
"Que lugar reservo para a Palavra de Deus no sítio onde moro? Há lá livro, jornais, televisões, telefones, mas onde está a Bíblia?", questionou Francisco, numa eucaristia em que foram conferidos os ministérios de catequista e leitor a laicos a laicas.
O pontífice argentino questionou ainda se os fiéis têm o Evangelho no quarto, "ao alcance da mão”, e se o leem “todos os dias” para se guiarem “no caminho da vida?".
"Aconselhei-vos muitas vezes a levarem sempre convosco o Evangelho, no bolso, na carteira, no telemóvel. Se amo a Cristo acima de tudo, como posso deixá-lo em casa e não levar comigo a sua Palavra", disse.
Para concluir, um novo pedido: "Enquanto a sociedade e as redes sociais acentuam a violência das palavras, agarremo-nos à doçura da Palavra que salva".