"Não é nada do outro mundo". Sousa Cintra otimista com o pós-Amorim
01-11-2024 - 12:45
 • João Filipe Cruz

O antigo presidente leonino deixa elogios a Frederico Varandas pela condução do processo e não guarda mágoa ao treinador: "Qualquer treinador gostava de ir para um dos maiores clubes do mundo".

Depois da oficialização no Manchester United, ficam a faltar as explicações prometidas pelo técnico. Em declarações a Bola Branca, o antigo presidente do Sporting, José Sousa Cintra, não tem dúvidas de que o ainda treinador vai ser igual a si mesmo.

"O Rúben Amorim é um senhor. Além de ser um grande treinador, muito competente, é um senhor em toda a aceção da palavra. Transmite com toda a clareza a mensagem, quer para os jogadores, quer para a massa associativa, quer para a comunicação social. Seguramente depois do jogo vai esclarecer tudo, que não é nada do outro mundo", reconhece Sousa Cintra.

Sobre a opção de Amorim, o antigo líder do Sporting está seguro de que "qualquer treinador gostava de ir para um dos maiores clubes do mundo".

Para Sousa Cintra, a "honra" é partilhada entre Rúben Amorim e Sporting, que "é falado em todo o mundo".

"Quem é que pode recusar uma coisa destas? É quase impossível. Tem feito um bom trabalho no Sporting e tem de haver compreensão. Há compreensão por parte do presidente e da direção. Quanto aos sócios, muitos queriam que continuasse e quem não gostava? Eu também queria", admite a Bola Branca.

O Sporting tem mais três jogos com Rúben Amorim ao leme. Sobre o futuro pós-Amorim, José Sousa Cintra não esmorece e garante que "nada está perdido".

"O Sporting está em primeiro lugar, as pessoas têm de ter um pensamento positivo. Os jogadores são os mesmos e sabem o que têm de fazer", adianta.

Na sucessão a Rúben Amorim, o primeiro nome que surge é o de João Pereira, atual técnico da equipa B. Para o antigo presidente leonino não é uma má opção porque "está lá, conhece, está dentro do esquema todo". Sousa Cintra acrescenta que o antigo lateral "está por dentro das ideias do Amorim" e, portanto, "é natural".

Sobre a condução de todo o processo por parte de Frederico Varandas, só elogios e a lembrança de que Frederico Varandas já arriscou e correu bem.

"Quando o presidente contratou Rúben Amorim, toda a gente perguntou o que se estava a passar. Nunca tinha acontecido um clube português pagar 10 milhões por um treinador e aconteceu. Temos de reconhecer que foi uma visão de grande alcance e, se agora o presidente quer o João Pereira, porque não havemos de dar outro voto de confiança?", questiona José Sousa Cintra.