O Supremo Tribunal do Wisconsin rejeitou esta segunda-feira a última queixa do Presidente dos EUA, Donald Trump, para tentar reverter a derrota para o democrata Joe Biden neste estado.
Uma hora antes de os delegados do Colégio Eleitoral do Wisconsin se reunirem para atribuírem os 10 votos a Joe Biden, o Supremo Tribunal deste estado encerrou as contestações legais rejeitando a última queixa de Trump, por uma decisão de quatro votos contra três.
O Presidente pretendia desqualificar 221 mil boletins de votos, nos condados de Dane e Milwaukee, onde o candidato republicano tinha pedido uma recontagem, depois de ter perdido por menos de 21.000 votos, uma margem de cerca de 0,6%.
O presidente do tribunal, Brian Hagedorn, disse que a candidatura de Trump não teria direito às suas pretensões, usando uma analogia desportiva.
“O pedido levantado pela candidatura (de Trump) surgiu depois da última jogada (…). A candidatura queria desafiar o livro de regras do jogo, adotado antes do início da temporada”, disse Hagedorn.
Os três juízes conservadores que votaram a favor das pretensões de Trump disseram que o tribunal deveria ter permitido a discussão sobre se os votos deveriam ter contado em cada uma das quatro categorias em que o candidato contestou a eleição.
“Uma parte significativa do eleitorado não acredita que as eleições presidenciais de 03 de novembro tenham sido conduzidas de forma justa”, disse Roggensack, um dos juízes conservadores que votaram vencidos.
“Os eleitores de Wisconsin obedeceram às regras eleitorais. Não houve nenhuma falta mal marcada e o resultado do jogo foi justo”, respondeu, por sua vez, Rebecca Dallet, uma das juízas que votou contra a pretensão de Trump.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos já tinha rejeitado uma ação judicial no Texas que procurava invalidar a vitória de Biden, desqualificando milhões de votos em quatro estado cruciais para o resultado final das eleições presidenciais, incluindo o Wisconsin.
Hoje, os delegados do Colégio Eleitoral reúnem-se para validar a vitória do democrata Joe Biden, que tomará posse como 46.º Presidente dos EUA no dia 20 de janeiro.