David Carmo gosta da pressão que o valor da sua transferência lhe confere. O central custou 20 milhões de euros, mas olha para esse fator como motivação para fazer uma boa temporada.
"É uma pressão que me traz motivação. É uma responsabilidade e ainda bem que a sinto, porque não me deixa facilitar. Com a lesão ganhei muitas coisas em relação a isso, aprendi a ter prazer no que estou a fazer e a dar valor à sorte que temos de fazermos o que gostamos. Vejo mais isso como uma motivação e uma responsabilidade boa", disse, à revista do clube.
O defesa ainda não se estreou na equipa principal, mas já está disponível para Sérgio Conceição para o jogo em Vizela, depois de cumpridos dois jogos de castigos.
Carmo fez o balanço das primeiras semanas de trabalho no FC Porto com Sérgio Conceição.
"O mister tem mais aquela ideia de não facilitar nada, seja aqui dentro ou fora de campo. Seja no hotel durante o estágio, no hotel durante a pré-época no Algarve... Acho que todos os momentos contam e acredito muito, muito mesmo, na filosofia dele de que a sorte dá muito trabalho. Também vivo sob esse lema e estou muito feliz por poder trabalhar com ele. Aqui vai-se muito ao pormenor e o pormenor faz realmente muita diferença", atira.
Habituado a jogar num sistema de três centrais no Sporting de Braga, Carmo deixa as decisões táticas para o treinador: "O meu pai sempre me ensinou que eu sou jogador e o mister é que manda. Tem de haver sempre uma voz de comando, o meu papel no clube passa por cumprir ordens e vou estar sempre disposto a cumpri-las".
"A principal dificuldade que sinto com o mister Sérgio Conceição é a intensidade e a necessidade de estar o jogo todo completamente em alta, digamos assim. Fico feliz, porque saio da minha zona de conforto e estou a evoluir. Não estou naquela zona de conforto de não procurar mais nem puxar mais por mim. Felizmente estou aqui e tenho de ultrapassar essas dificuldades para me tornar num jogador melhor", termina.