O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denuncia falta de consumíveis nos centros de saúde, que já obrigou os médicos de família à “utilização de papel trazido de casa” para receitas e requisição de exames.
“Têm caído em saco roto as queixas dos médicos de família sobre a falta de papel e consumíveis nos centros de saúde, uma situação que ocorre transversalmente em todas as administrações regionais de saúde, mas sobretudo em Lisboa”, diz o SIM em comunicado.
Após “semanas de utilização de papel trazido de casa pelos profissionais de saúde”, a estrutura sindical perspetiva agora a “necessidade de apelar aos doentes para eles mesmos trazerem o papel” para a impressão das suas receitas e dos pedidos de exames.
Contactada pela Renascença, a secretária regional de Lisboa e Vale do Tejo do SIM diz mesmo que há centros de saúde a fazer "um racionamento do papel" e outros que estão mesmo sem o material.
"Os médicos já se organizam para trazerem de casa ou pedem aos doentes para levarem o seu próprio papel para escrever a receita lá", revela.
A representante do SIM lamenta "que não há qualquer solução" e que as várias entidades contactadas pelo sindicato não assumem a responsabilidade.
"É uma mão cheia de nada. Esta falta de condições é um dos motivos pelo que os médicos de família não ficam no SNS", conclui.
[Artigo atualizado às 23h00]