O Presidente da República apela “ao bom senso” para que não haja aumentos salariais na administração da TAP. Em causa está o aumento do salário de Ramiro Sequeira para 35 mil euros (de 17 mil de chief operating officer).
Em entrevista à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que recebeu justificações do Governo sobre os aumentos, nomeadamente em relação à duplicação do salário do agora presidente-executivo da TAP, Ramiro Sequeira.
Segundo o chefe de Estado, trata-se de um caso isolado que resulta da acumulação de funções, mas apela para que não haja mais aumentos salariais.
“É preciso que genericamente haja bom senso nestes casos. Mas um caso pontual é uma situação diferente do geral”, apontou Marcelo, alertando que “nestes casos é preciso dar o exemplo”. Por isso elogiou Miguel Frasquilho que abdicou do aumento (neste caso para 13,5 mil euros, dos anteriores 12 mil).
“Em política, o que parece é. A perceção é fundamental. É preciso atenção“, respondeu quando questionado sobre se discordou da decisão do Governo, que, mesmo não estando na comissão de vencimentos, validou as revisões salariais. “Deve fazer-se mais para a perceção ser melhor”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ainda que a solução para a TAP pode passar por uma parceria com a Lufthansa, como estava previsto antes da pandemia.