O número de trabalhadores por conta de outrem e membros de órgãos estatutários a receber salário mínimo nacional (760 euros) no segundo trimestre totalizou 838.111, representando 20,8% do total, segundo dados do Ministério do Trabalho.
Face ao mesmo período do ano passado, houve uma redução em 97.749 trabalhadores a receber o salário mínimo nacional (SMN), num contexto de subida do emprego, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social solicitados há três meses pela Lusa e disponibilizados nesta sexta-feira pelo gabinete.
O ministério liderado por Ana Mendes Godinho realça que "o mercado de trabalho está a recorrer cada vez menos ao salário mínimo e a população empregada tem vindo a aumentar".
O gabinete sublinha ainda que "a percentagem de trabalhadores com SMN já não era tão baixa desde 2016 e o salário mínimo é hoje 50% superior face a 2015.".
No entanto, apesar de a percentagem sobre o total de trabalhadores ser a mais baixa desde 2016, em termos absolutos há mais 183.927 trabalhadores no segundo trimestre de 2023 a receber SMN do que há sete anos, o que poderá explicar-se com o aumento do emprego.
No segundo trimestre de 2023, o número de trabalhadores por conta de outrem e membros de órgãos estatutários (administradores, diretores e gerentes de sociedades que prestam serviços não sujeitos a contrato de trabalho) com declarações à Segurança Social totalizava 4.030.919, o que compara com 3.115.874 no mesmo período de há sete anos.
O gabinete destaca ainda que "a diferença entre o número de mulheres e homens a receber o SMN nunca foi tão pequena".
Do total de 838.111 trabalhadores com SMN no segundo trimestre, 421.723 eram mulheres.
Também o número de jovens a receber o SMN recuou em cerca de 9.000 face a 2022, para cerca de 78 mil trabalhadores.
O valor do SMN tem vindo a aumentar, tendo passado de 705 euros em 2022 para 760 euros em 2023.
Em 2016 o SMN era de 530 euros.