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Pedro Strecht, que liderou a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja Católica espera que a instituição materialize um pedido de desculpa que “perdure” no tempo.
No decorrer da apresentação do relatório, fruto do trabalho de um ano, desta comissão, o pedopsiquiatra afirmou que é essa a vontade das vítimas.
“A maior parte das pessoas vítimas que nos contataram, no fundo, acham que não há reparação possível, contudo, a grande maioria espera um pedido de desculpa ou um pedido de perdão do abusador em si ou da instituição como um todo”, indicou.
A comissão insiste “na materialização deste pedido de desculpa para que ele não se extinga apenas com breves palavras ou com palavras avulso”, mas, acrescenta o especialista, “que possa perdurar de uma forma simbólica, simples, transparente”.
“Não é preciso cinco milhões para um memorial, nem menos 30%, mas qualquer coisa que perdure”, menciona Pedro Strecht.
Em julho do ano passado, a Comissão Independente criada para investigar abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa anunciou ter convidado o arquiteto Álvaro Siza para projetar um memorial de homenagem.
O memorial está ainda em fase de estudo e de proposta à Conferência Episcopal Portuguesa, embora o convite ao arquiteto Álvaro Siza Vieira tenha sido "prontamente aceite".
Reveja aqui a conferência de imprensa sobre as conclusões do estudo dos casos de abusos sexuais de menores na Igreja:
Se foi vítima de abuso ou conhece quem possa ter sido, não está sozinho e há vários organismos de apoio às vítimas a que pode recorrer:
- Serviço de Escuta dos Jesuítas , um “espaço seguro destinado a acolher, escutar e apoiar pessoas que possam ter sido vítimas de abusos sexuais nas instituições da Companhia de Jesus.
Telefone: 217 543 085 (2ª a 6ª, das 9h30 às 18h) | E-mail: escutar@jesuitas.pt | Morada: Estrada da Torre, 26, 1750-296 Lisboa
- Rede Care , projeto da APAV, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que “apoia crianças e jovens vítimas de violência sexual de forma especializada, bem como as suas famílias e amigos/as”.
Com presença em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Setúbal, Santarém, Algarve, Alentejo, Madeira e Açores.
Telefone: 22 550 29 57 | Linha gratuita de Apoio à Vítima: 116 006 | E-mail: care@apav.pt
- Comissões Diocesanas para a Protecção de Menores . São 21 e foram criadas pela Conferência Episcopal Portuguesa.
São constituídas por especialistas de várias áreas, recolhem denúncias e dão “orientações no campo da prevenção de abusos”.
Podem ser contactadas por telefone, correio ou email.
Para apoiar organizações católicas que trabalham com crianças:
- Projeto Cuidar , do CEPCEP, Centro de Estudos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica
Se pretende partilhar o seu caso com a Renascença, pode contactar-nos de forma sigilosa, através do email: partilha@rr.pt