Pizarro ataca: “Críticas ao SNS visam abater o SNS”
06-01-2024 - 22:00
 • João Pedro Quesado

Manuel Pizarro disse que o PS não esconde, diminui ou desvaloriza "as dificuldades" no Serviço Nacional de Saúde, mas também "não alimenta uma campanha de maledicência continuada contra uma das mais importantes conquistas" do sistema democrático português.

O ministro da Saúde atacou, na noite deste sábado, as críticas da direita ao estado do Serviço Nacional de Saúde, assegurando que o objetivo é “abater o SNS”. Durante quatro minutos monotemáticos, Manuel Pizarro exaltou os números do SNS e o trabalho dos profissionais de saúde, e garantiu que votar no PS é a “única garantia” que o SNS vai “continuar a existir”.

Com meses de notícias negativas sobre o SNS – pelos constrangimentos provocados pela greve dos médicos às horas extraordinárias acima das 150 anuais, e com notícias de longas horas de espera nas urgências a abrir o ano de 2024 –, o médico, especialista em medicina interna, escolheu defender o Serviço Nacional de Saúde da direita que o quer “combater”.

“Nós não escondemos, não diminuímos e não desvalorizamos as dificuldades do Serviço Nacional de Saúde. Mas nós não alimentamos uma campanha de maledicência continuada” contra o SNS, que definiu como “um dos pilares essenciais do Estado Social”.

Evocando o “grande socialista” António Arnaut, Manuel Pizarro recordou que o PSD e o CDS votaram contra a criação do SNS, e que “até hoje não desistiram de combater esta ideia de um Serviço Nacional de Saúde público, geral e universal”.

O ministro da Saúde sublinhou que “foi só no Serviço Nacional de Saúde que os portugueses encontraram apoio e proteção” durante a pandemia e, apesar do atual clima de contestação entre profissionais de saúde, gabou-lhes “a dedicação e a capacidade”.

Frente a uma plateia já bastante reduzida, Pizarro ainda puxou dos galões da atual “reforma profunda do SNS”. O que é motivo para apelar ao voto no PS.

“A única garantia de que o SNS vai continuar a existir, e de que vamos fazer o que seja necessário para o reformar e para o preparar para os anos que faltam do século XXI, é mesmo uma vitória do Partido Socialista nestas eleições”, garantiu.