O ministro da Saúde atacou, na noite deste sábado, as críticas da direita ao estado do Serviço Nacional de Saúde, assegurando que o objetivo é “abater o SNS”. Durante quatro minutos monotemáticos, Manuel Pizarro exaltou os números do SNS e o trabalho dos profissionais de saúde, e garantiu que votar no PS é a “única garantia” que o SNS vai “continuar a existir”.
Com meses de notícias negativas sobre o SNS – pelos constrangimentos provocados pela greve dos médicos às horas extraordinárias acima das 150 anuais, e com notícias de longas horas de espera nas urgências a abrir o ano de 2024 –, o médico, especialista em medicina interna, escolheu defender o Serviço Nacional de Saúde da direita que o quer “combater”.
“Nós não escondemos, não diminuímos e não desvalorizamos as dificuldades do Serviço Nacional de Saúde. Mas nós não alimentamos uma campanha de maledicência continuada” contra o SNS, que definiu como “um dos pilares essenciais do Estado Social”.
Evocando o “grande socialista” António Arnaut, Manuel Pizarro recordou que o PSD e o CDS votaram contra a criação do SNS, e que “até hoje não desistiram de combater esta ideia de um Serviço Nacional de Saúde público, geral e universal”.
O ministro da Saúde sublinhou que “foi só no Serviço Nacional de Saúde que os portugueses encontraram apoio e proteção” durante a pandemia e, apesar do atual clima de contestação entre profissionais de saúde, gabou-lhes “a dedicação e a capacidade”.
Frente a uma plateia já bastante reduzida, Pizarro ainda puxou dos galões da atual “reforma profunda do SNS”. O que é motivo para apelar ao voto no PS.
“A única garantia de que o SNS vai continuar a existir, e de que vamos fazer o que seja necessário para o reformar e para o preparar para os anos que faltam do século XXI, é mesmo uma vitória do Partido Socialista nestas eleições”, garantiu.