Seis estudantes, pertencentes ao coletivo Greve Climática Estudantil, foram detidos ao início da madrugada desta terça-feira pela polícia, depois de tentarem pernoitar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Lisboa.
Durante a detenção, um dos carros da polícia atropelou um peão, que foi assistido pelo INEM, informam os estudantes em comunicado.
Os estudantes, que reivindicavam "o fim aos combustíveis fósseis e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, fazendo deste o Último Inverno em que usamos gás fóssil em Portugal", protestavam de forma "pacífica".
As seis pessoas foram entretanto já libertadas.
Uma onda de ações pelo fim ao fóssil começou na última segunda-feira, data que havia sido prometida durante as várias intervenções das últimas semanas dos ativistas climáticos.
Os estudantes alertam que vão causar disrupção em escolas e instituições até que o Governo se comprometa com um plano "que garanta uma transição justa dentro dos prazos ditados pela ciência e através de um serviço público de energias renováveis", referem.
Para além da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, também na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, a entrada principal foi bloqueada durante o dia de segunda-feira, tendo a polícia sido chamada à faculdade para parar uma palestra sobre ciência climática.
Já na Faculdade de Letras, também em Lisboa, os alunos interromperam uma aula do diretor para palestrar sobre "justiça climática vs um sistema focado no lucro". Na escola Filipa de Lencastre os estudantes foram impedidos de entrar na sua própria escola durante o dia, tendo feito um protesto na entrada. Também aconteceram ações no ISCTE, na FCUL, na Universidade de Coimbra, na ESTC e na FBAUL, informam.
O grupo Greve Climática Estudantil garante que durante esta terça-feira haverá novas ações e em mais escolas.
Os estudantes dizem ainda que vão ocupar o ministério do Ambiente no dia 24 deste mês.