Pelo menos 52 palestinianos já morreram e mais de 2200 ficaram feridos, esta segunda-feira, nos protestos que continuam em marcha na Faixa de Gaza contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.
De acordo com o "Jerusalem Post", que cita números do Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 35 palestinianos foram atingidos por balas reais disparadas pelo exército israelita e mais de 60 sofreram queimaduras durante os protestos.
Os israelitas acusam o Hamas de estar a instigar à violência junto à fronteira, alegado que é por isso que os militares têm sido obrigados a disparar.
O clima de tensão tem vindo a aumentar desde há seis semanas, com a preparação da abertura da embaixada norte-americana. Através de altifalantes colocados nas mesquitas, os palestinianos foram instigados a juntar-se à “Grande Marcha do Regresso”.
Desde que começaram as manifestações, a 30 de março, as tropas israelitas já mataram 90 palestinianos, tendo sido registados mais de 9400 feridos, segundo dados das autoridades de saúde do enclave palestiniano.
Nos últimos dias, o exército israelita tem recorrido ao lançamento de panfletos para avisar os palestinianos de que "atuará contra qualquer tentativa de danificar a vedação de segurança ou atacar soldados ou civis israelitas".
[número de mortos actualizado às 16h40]