Pelo menos 79 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas na costa sul da Grécia depois de um barco de pesca que transportava migrantes se ter virado e afundado.
Segundo as autoridades gregas, o incidente aconteceu durante a noite a cerca de 75 quilómetros (46 milhas) a sudoeste da região sul do Peloponeso, na Grécia, tendo sido desencadeada “uma grande operação de busca e salvamento”.
Além dos barcos de patrulha da polícia portuária, participaram nesta operação de resgate uma fragata da marinha grega, um avião e um helicóptero, bem como seis barcos que navegavam na zona.
De acordo com a BBC, que cita a guarda costeira, o barco foi avistado pela primeira vez na terça-feira à tarde por um avião da Agência Europeia de Vigilância de Fronteiras, Frontex, mas os migrantes a bordo “recusaram qualquer ajuda”, acrescentando que durante a noite a embarcação virou e afundou-se.
As autoridades afirmam que pelo menos 104 pessoas foram resgatadas até agora. Quatro dos sobreviventes foram hospitalizados com sintomas de hipotermia, não se sabendo ainda quantos passageiros permanecem desaparecidos no mar.
Fonte do Ministério das Migrações da Grécia disse à agência de notícias AFP que “centenas” de pessoas estavam a bordo, temendo que “haja um número muito grande de pessoas desaparecidas”.
As nacionalidades dos migrantes não foram reveladas, mas tudo indica que o barco partiu da Líbia e tinha Itália como destino
De acordo com as autoridades gregas, os migrantes serão transferidos para Kalamata, um porto no sul do Peloponeso.
O naufrágio, que aconteceu nas águas internacionais do Mar Jónico, perto da península grega do Peloponeso, é o mais mortal ao largo da Grécia este ano.
A Grécia é uma das principais rotas para a União Europeia para refugiados e migrantes do Oriente Médio, Ásia e África.
Mais de 70.000 refugiados e migrantes chegaram aos países da linha de frente da Europa este ano, com a maioria desembarcando na Itália, de acordo com dados da ONU.
(Notícia atualizada às 16h08)