Os 300 despedimentos anunciados na Adidas, na Maia, poderão chegar aos 500 até ao verão de 2023. Serão mais 200 postos de trabalho extintos, do que os anunciados pela empresa de desporto alemã esta segunda-feira.
A hipótese é admitida à Renascença por Filipa Costa, que revela ter sido apanhada de surpresa pela decisão da multinacional.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal afirma tratar-se de um "despedimento faseado" e que os números poderão não só ultrapassar os 300 trabalhadores afetados, como chegar aos 500 até junho de 2023.
"Nós estamos a tentar perceber e obter a maior informação possível para depois podermos ajudar", sublinha Filipa Costa.
A sindicalista fala de uma decisão com um "forte impacto social económico, sobretudo em tempo de crise" e pede a intervenção do Governo na proteção dos trabalhadores visados nos despedimentos previstos.
O presidente da Câmara da Maia diz estar atento ao desenrolar do processo. António Silva Tiago diz já ter falado com o CEO da Adidas no concelho nortenho, esta terça-feira, que "confirmou essa realidade".
"Mas tranquilizou-me também, dizendo que estava a envidar todos os esforços no sentido que esses 300 postos de trabalho irão ser, muitos deles, reconvertidos em novas tarefas", acrescenta.
No final, o autarca garante que "fazer tudo e irei acompanhar de perto toda esta transição para que decorra da melhor forma".
De acordo com a Adidas, as funções dos 300 trabalhadores vão ser deslocadas para a Índia. O centro de serviços partilhados da Adidas em Portugal emprega cerca de 900 pessoas, segundo o presidente maiato.
A Renascença contactou a sede da multinacional na Maia, mas até ao momento sem sucesso.