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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, sublinha que a instituição "não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito" após a sua sede, em Brasília, ter sofrido uma invasão de apoiantes do ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
"O edifício-sede do STF, património histórico dos brasileiros e da humanidade, foi severamente destruído por criminosos, vândalos e anti-democratas. Lamentavelmente, o mesmo ocorreu no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. As sedes dos três poderes foram vilipendiadas", pode ler-se no comunicado assinado por Weber.
"O Brasil viveu neste domingo - 8 de janeiro de 2023 - uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia", acrescentou.
Desde que a manifestação de apoiantes de Bolsonaro foi anunciada, Rosa Weber manteve contacto com as autoridades de segurança pública, do Ministério da Justiça e do Governo do Distrito Federal.
"Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros [juízes] da Corte [do tribunal], que acompanharam os episódios com imensa preocupação. O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído", afirmou Weber.
"A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito", concluiu.
Centenas de apoiantes de Jair Bolsonaro invadiram, este domingo, a sede do Congresso Nacional, em Brasília, numa manifestação que terminou em ações violentas. Pediam uma intervenção militar para derrubar o Presidente empossado, Lula da Silva.
Os manifestantes ultrapassaram as barreiras policiais e subiram a rampa que dá acesso à cobertura das sedes da Câmara dos Deputados e do Senado.
A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem sucesso, travar os manifestantes, que estavam concentrados no exterior do edifício.
Imagens divulgadas pelos "media" locais mostram que a polícia já retomou o controlo da sede dos prédios do STF, do Congresso e do Executivo.