António Costa teceu um rasgado elogio ao seu sucessor na autarquia da capital, durante a inauguração do novo pavilhão Carlos Lopes, que reabriu este sábado, após obras de recuperação. Sobre Fernando Medina, o primeiro-ministro alterou o ditado popular “atrás de mim virá quem bom de mim fará” para uma nova formulação: “depois de mim vem quem melhor fará” com Costa a acrescentar “e é o caso, senhor Presidente da Câmara, fez melhor, parabéns”.
O primeiro-ministro falava perante algumas centenas de pessoas, entre elas o atleta Carlos Lopes, que dá o nome ao pavilhão reaberto este sábado. Sobre o campeão olímpico, Costa disse que “ foi para a minha geração, que não teve o privilégio de assistir a clubes campeões europeus em 60-61, ou um clube quase campeão do mundo em 66, quem deu a primeira grande alegria da capacidade de Portugal se afirmar no mundo”, referindo-se à medalha de prata que o maratonista ganhou em 1976 em Montreal.
A reabertura do espaço este sábado coincidiu, propositadamente, com o dia de aniversário de Carlos Lopes a quem as centenas de pessoas presentes cantaram os parabéns acompanhados do som de um piano.
Antes já tinha falado o presidente da Câmara de Lisboa que falou do Pavilhão Carlos Lopes como “um espaço icónico” que “agora é devolvido à cidade, após “degradação contínua e prolongada”.
Em ano de eleições autárquicas, Fernando Medina, falou do “futuro” deste espaço “que foi reconstruido para se realizarem aqui eventos desportivos, de natureza política, cultural, recreativa” e que “está dotado das mais modernos equipamentos e está preparado para acolher uma diversidade total de eventos que se queiram aqui realizar”. O autarca de Lisboa acrescentou que “esta recuperação foi feita preservando integralmente os aspectos icónicos, simbólicos da sua arquitectura, os seus azulejos, salas e aspectos identificativos”.
O pavilhão Carlos Lopes esteve encerrado ao público durante 14 anos, este ano cumpre 85 anos, tendo sido construído em 1922. Até 19 de Março está patente dentro do complexo uma exposição dedicada ao atleta português que dá o nome ao edifício, onde podem ver-se as medalhas de prata e ouro conquistadas pelo campeão olímpico em Montreal em 1976 e em Los Angeles em 1984.