O Presidente da Ucrânia estimou, este domingo, que o número de soldados ucranianos mortos desde o início da invasão militar russa atinja 31 mil, tendo sido a primeira vez que avançou um número específico de mortes nas suas fileiras.
Desde o início da invasão russa, há dois anos, "31 mil ucranianos, militares, morreram nesta guerra", disse Volodymyr Zelensky numa conferência de imprensa realizada em Kiev, por ocasião do segundo aniversário do conflito.
O número, explicou, não inclui soldados feridos ou desaparecidos.
"São muitas pessoas para nós", afirmou, rejeitando estimativas que apontavam para cerca de 300 mil mortos na Ucrânia.
O Presidente ucraniano não quis divulgar dados sobre soldados feridos para não permitir à Rússia saber o número de ucranianos que foram para a frente de guerra.
Zelensky referiu ainda que 180 mil soldados russos morreram na guerra e meio milhão foram feridos nos combates.
Sublinhando que o número exato só será conhecido quando a guerra terminar, o chefe de Estado garantiu que "dezenas de milhares de civis" morreram ou foram assassinados após serem torturados nos territórios ocupados pela Rússia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano foi lançada em 24 de fevereiro de 2022 para alegadamente defender os territórios pró-russos e eliminar um suposto nazismo no país vizinho.
A guerra mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito - que entra agora no terceiro ano - provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.