Os ministros das Pescas da União Europeia chegaram, esta quarta-feira de madrugada, a acordo sobre os totais admissíveis de capturas e quotas para 2018 no Atlântico e no Mar do Norte.
A grande preocupação de Portugal era sobre uma eventual proibição de pesca para a sardinha, mas tal não se verificou. Portugal e Espanha reuniram-se antes do encontro a 28 e acordaram, com o comissário europeu responsável pelas Pescas, um plano de gestão para a sardinha em conjunto com Espanha.
Assim, em 2018 a actividade deverá começar um mês mais tarde e haverá um maior controlo, sendo estabelecidas áreas de não pesca em zonas onde forem avistados juvenis.
Quanto às restantes quotas, Portugal mantém a do biqueirão (apesar da proposta da Comissão ser para reduzir em 20%), na pescada há uma redução de 12% (a Comissão pretendia 30%) e no carapau de 24% (um limite que, mesmo com esta diminuição, não é alcançado pelos pescadores portugueses).
No final da reunião, que durou mais de 20 horas, a ministra portuguesa mostrava-se satisfeita. Na opinião de Ana Paula Vitorino, os resultados "são bastante favoráveis" face às perspectivas iniciais.
“Os resultados deste conselho, face às expectativas, são bastante favoráveis”, disse aos jornalistas, dando o exemplo do biqueirão – uma espécie com elevado valor comercial.
Os 28 chegaram a acordo às 7h38 (6h38 em Lisboa), depois de uma negociação particularmente longa face a anos anteriores (quase 22 horas). A reunião começou às 10h00 (9h00 em Lisboa) de terça-feira em Bruxelas.