Covid-19. Testes rápidos à saliva com resultado em menos de uma hora estão em produção
25-05-2020 - 10:50
 • Maria João Costa

Poderão estar disponíveis na Europa já em meados de junho, os testes ao novo coronavírus com recurso à saliva. Dão resultado em uma hora.

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A produção já terá começado. Um consórcio francês confirma que os testes rápidos à Covid-19 através da saliva já estão a ser feitos e que poderão começar a ser usados na Europa já em meados de junho.

De acordo com o consórcio que reúne a equipa de biotecnologia da Skillcell, o laboratório CNRS SYS2DIAG e a empresa digital Vogo, os testes terão o nome de “EasyCov”. Este sistema poderá acelerar a confirmação de casos positivos e negativos do vírus pandémico e dispensa a intervenção de um laboratório.

No comunicado divulgado pela CNN, a equipa que está a desenvolver o teste rápido explica que apenas é necessária a colheita de um milímetro de saliva da língua do individuo testado, mas essa colheita deve ser feita na mesma por pessoal médico. Depois basta colocar a amostra num tubo disponibilizado e esperar o resultado que sai em menos de uma hora. Se der amarelo, é positivo; se o resultado for laranja é negativo.

Franck Molina, o investigador do CNRS e diretor do laboratório Sys2Diag considera este teste “um passo decisivo” e sublinha o empenho de uma equipa que juntou entidades “privadas e públicas”. Este investigador que aponta o papel das equipas francesas na liderança da investigação científica, aponta estes testes como “uma força disruptiva no combate à Covid-19”.

Recorde-se que em Inglaterra já estavam a ser usados testes rápidos, mas não através da saliva. O teste desenvolvido pelo Imperial College de Londres baseava-se num teste de ADN e tem o avale para uso clínico da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde britânica.

Embora esteja a ser usado num projeto piloto, tem uma sensibilidade de mais de 98% e assegura a resposta em uma hora.

Já no início deste maio, a Autoridade Americana de Segurança Alimentar e do Medicamento tinha dado "luz verde" aos testes de saliva que os próprios doentes podiam colher em casa, mas o processo para obter o resultado era bastante demorado, sendo que o teste tinha de ser enviado para um laboratório que confirmava o resultado.