Por que o Papa foi ao Bahrain? A pergunta foi lançada esta quarta-feira de manhã pelo próprio Francisco para responder que “o diálogo nos ajuda a descobrir a riqueza de quem pertence a outras tradições, outros credos”. E que “somente através dele podem ser abordados temas universais, como a indiferença em relação a Deus, a tragédia da fome, o cuidado com a criação e, enfim, a paz”.
Na audiência geral, totalmente dedicada à sua recente visita, o Papa lembrou a urgente necessidade do diálogo e do encontro.
“Penso na loucura da guerra, da qual é vítima a martirizada Ucrânia. Penso neste e em tantos outros conflitos, que jamais serão resolvidos pela lógica das armas mas com a suave força do diálogo. Contudo, não pode haver diálogo sem encontro.”
Francisco manifestou o seu “desejo emergente de que ocorram mais encontros entre cristãos e muçulmanos, que evitem as divisões ideológicas”.
Trata-se de um percurso iniciado por S. João Paulo II em Marrocos, onde agora se insere esta viagem ao Bahrain, que Francisco classificou como “um novo passo no caminho para construir alianças fraternas entre cristãos e muçulmanos” e, assim, continuar este caminho da fraternidade e da paz.
No final da audiência, o Santo Padre voltou a pedir orações “pela martirizada Ucrânia” e pediu a paz “para esta gente tão atribulada e que sofre tanta crueldade da parte dos mercenários que fazem a guerra”.
Francisco deixou também uma palavra ao povo cipriota em luto nacional pela morte do Patriarca ortodoxo Chrisostomos II, “um homem de diálogo e amante da paz, que procurou promover a reconciliação entre as diferentes comunidades do país”, afirmou