O líder de Hong Kong pediu hoje a oito ativistas pró-democracia, acusados de violar a lei de Segurança Nacional, que se entregassem para não viverem "com medo".
O apelo surgiu um dia depois de a polícia ter prometido recompensas por informações que levem à detenção dos oito ativistas.
"A única maneira de acabar com o destino de fugitivos, pelo qual serão perseguidos para o resto da vida, é renderem-se", disse John Lee Ka-chiu, numa conferência de imprensa, acrescentando que, caso contrário, vão ter de viver "com medo".
Os oito ativistas deixaram Hong Kong depois de Pequim ter imposto a lei de segurança nacional no território, em 2020, na sequência dos protestos antigovernamentais ocorridos um ano antes.
Lee também apelou ao público para ajudar a polícia, acrescentando que até "familiares e amigos" dos ativistas podiam fornecer informações.
A medida foi denunciada pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, países onde residem alguns dos ativistas procurados.
"Não tenho medo das pressões políticas sobre nós, porque estamos a fazer o que pensamos ser correto", afirmou Lee.
O grupo inclui os antigos deputados pró-democracia Nathan Law Kwun-chung, Ted Hui Chi-fung e Dennis Kwok Wing-hang, o antigo sindicalista Mung Siu-tat e os ativistas Elmer Yuen Gong-yi, Finn Lau Cho-dik, Anna Kwok Fung-yee e Kevin Yam Kin-fung.
A China condenou já esta terça-feira "a proteção" oferecida pelo Reino Unido aos oito ativistas no exílio, que considera "fugitivos".
Hong Kong procura os já citados oito ex-advogados e ativistas, agora a viver em países como Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, sob investigação pela polícia de Hong Kong por casos de "conluio com forças estrangeiras", de acordo com o jornal South China Morning Post.