O ex-Presidente da República Cavaco Silva explica que o livro que escreveu, “Quinta-feira e outros dias”, é uma “prestação de contas aos portugueses pela forma como exerci as funções enquanto Presidente da República”.
Na apresentação do livro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o antigo Chefe de Estado garante que a obra pretende divulgar a forma como desenvolveu a “interacção com o Governo, em particular as reuniões de quinta-feira, a forma mais eficaz para influenciar a decisão”.
“Dou testemunho de partes importantes da minha magistratura para que os portugueses possam fazer o seu juízo”, acrescentou. Cavaco reconhece que a sua presidência decorreu num “tempo complexo e conturbado”, que coincidiu em grande parte com o Governo de José Sócrates.
No livro, Cavaco escreve que José Sócrates “era de facto uma pessoa em que não se podia confiar e não olhava a meios”.
Antecipando eventuais críticas, o ex-chefe de Estado garante que teve “preocupação permanente com o rigor dos factos”.
Na fase dos agradecimentos, para além da família e dos colaboradores, Cavaco destacou a “profunda gratidão para com o povo português”, acrescentando que foi um “privilégio” e “uma dádiva da vida” ter sido Presidente.
A terminar, o ex-primeiro-ministro e antigo Presidente garantiu que este foi o “primeiro acto público da minha vida pós política, período pós-política que vai continuar até ao fim dos meus dias”.
O livro foi apresentado por Manuel Braga da Cruz.