Os autarcas de Setúbal, Grândola e Alcácer do Sal prometem continuar uma luta antiga, em defesa dos utentes dos transportes, face ao aumento no preço das viagens fluviais para Tróia.
Em declarações à Renascença, o autarca de Grândola, António Figueira Mendes, diz que o anterior Ministério das Infraestrutura mostrou disponibilidade para encontrar uma solução viável com o intuito de minimizar o impacto dos aumentos no tarifário. Agora, tendo entrado em funções o novo Executivo de Luís Montenegro, os autarcas querem retomar as negociações. O presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, defende que é urgente tomar medidas.
“O aumento tem sido exponencial para as populações do Carvalhal, Melides, Comporta e mesmo de Tróia. Por exemplo, fazer a travessia com quatro pessoas num carro, atualmente, custa mais de 60 euros. São custos incomportáveis, por isso, poucas pessoas já utilizam o ferry. Preferem vir por estrada. Esta questão também diz muito respeito às pessoas de Setúbal porque há muita gente de Setúbal a trabalhar deste lado do rio. Para quem vai e vem todos os dias, tem custos elevadíssimos”, declara
Os autarcas da região defendem a inclusão da travessia para Tróia no Passe Navegante, implementado em todos os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
“É isso que temos estado a tratar. Acontece que a questão é mais complexa porque trata-se de um contrato que é diferente dos outros contratos de concessões nas travessias do rio. Não se trata de uma empresa pública, trata-se de uma empresa privada. A questão é quem indemniza quem para que as pessoas tenham esse benefício”, aponta.
A entidade gestora dos barcos que fazem a travessia do rio Sado, é a Atlantic Ferries, uma empresa do grupo Sonae Capital.
O autarca de Grândola espera que possa acontecer, em breve, uma reunião com o novo ministério das Infraestruturas tutelado pelo social-democrata Miguel Pinto Luz.
Em janeiro de 2024, o preço do bilhete do catamaran para uma pessoa passou a custar 9, 10 euros, refletindo uma subida de 30 cêntimo, em relação ao ano passado.
A viagem de ferry para uma viatura, com condutor incluído ficou mais cara 80 cêntimos, passando a custar 20, 40 euros, para além de outras categorias de veículos que também aumentaram de preço.