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Portugal vai atingir a incidência de 240 casos por 100 mil habitantes “em menos de 15 dias”, caso se mantenha a tendência crescente de novos casos de Covid-19.
Segundo o relatório de monitorização das linhas vermelhas da pandemia, do Instituto Ricardo Jorge (INSA) e Direção-Geral da Saúde (DGS), este limiar de incidência acumulada a 14 dias “já foi ultrapassado a nível nacional e nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e Algarve” e, a manter-se a tendência de crescimento do número de novos casos, as restantes regiões vão atingir este limiar num prazo “inferior a 15 dias”.
O rácio de transmissibilidade (Rt) “apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,18) e em todas as regiões de saúde, indicando uma tendência crescente. Esta tendência crescente é mais acentuada nas regiões Norte e Alentejo, que apresentam um Rt de 1,34 e 1,26 respetivamente”, acrescenta o relatório.
Cuidados intensivos no limite
O relatório do INSA e da DGS dá conta de uma “tendência crescente” do número diário de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) em Portugal Continental, “correspondendo a 56 % do valor crítico definido de 245 camas ocupadas”, quando na semana passada, a percentagem era de 46%.
Nos casos de LVT e Algarve, as duas regiões cujas unidades hospitalares estão, atualmente, mais pressionadas, “a ocupação de camas em UCI, está muito próxima ou acima dos limiares de ocupação”, assinala o relatório das “linhas vermelhas”.
"A região de LVT, com 82 doentes internados
em UCI, representa 60% do total de casos em UCI, e corresponde a 99 % do limite
regional de 84 camas em UCI definido no relatório “Linhas vermelhas”. Por seu
lado, a região Algarve apresenta 15 doentes em UCI, 150% do limite definido", detalha o relatório.
Mais testes, mais positivos
Também a proporção de testes positivos para o SARS-CoV-2 foi de 4,5 % - na semana passada eram 3,2% -, “valor que ultrapassou o limiar definido de 4 %”, um valor que acompanha o aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias.
A variante Delta, associada à Índia “é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 89,1% % dos casos”.