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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garante que, até ao Natal, o modelo de gestão da Proteção Civil vai ser alvo de nova discussão.
Em entrevista à RTP, Eduardo Cabrita voltou a comentar o protesto dos bombeiros e lembrou que a proposta ainda não está fechada e que ainda há margem para diálogo.
“Estamos num processo de diálogo que em nada justifica o tom que tem sido colocado neste debate. No modelo que estamos a definir, os bombeiros têm um peso que não têm hoje e que, aliás, jamais tiveram. Certamente, ainda antes do Natal, da nossa parte voltaremos à mesa para fazer aquilo que sempre temos feito: dialogar, discutir, tentando perceber… Aliás, os bombeiros dizem-me que não percebem qual é que é o ponto de divergência, com abertura construtiva para que se encontrem as soluções para um país mais seguro”, afirmou o ministro da Administração Interna.
Contactado pela Renascença, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, não comenta a garantia do ministro de que, até ao Natal, haverá novas discussões sobre a reforma da Proteção Civil.
Por seu lado, o líder do PSD, Rui Rio, acusou esta segunda-feira o Governo de querer fazer uma reforma da proteção civil sem ouvir os bombeiros.
Rui Rio acredita que a atual oposição ao projeto não irá permitir que a solução apresentada pelo Executivo entre em vigor e apela ao diálogo entre as partes.
A Liga dos Bombeiros anunciou no sábado a saída da estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e pediu às corporações que deixem de reportar ocorrências, garantindo que a segurança dos portugueses vai continuar a ser assegurada.
Numa conferência de imprensa realizado no domingo, o ministro Eduardo Cabrita acusou a Liga de “irresponsabilidade” e criticou o que disse ser uma decisão “ilegal” de cortar as comunicações com a ANPC.