A partir das 17h00, desta quinta-feira, há um protesto nas ruas de Lisboa. Os policias vão desfilar por melhores salários e condições de trabalho.
Um protesto que o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia justifica porque a “instituição PSP está doente”, alertando que a capacidade de garantir a segurança no país pode ser colocada em causa com as políticas do Governo.
À Renascença, Paulo Santos refere que há “um conjunto de profissionais” que “já atingiu o limite de idade e tem requisitos para a pré-aposentação e são barrados de sair”. Mas há mais - diz - dando como exemplo a abertura de “um concurso para 1.000 agentes e não chegam a estar disponíveis para iniciar o curso 600”.
“Está doente quando vemos constantemente profissionais com 10, 15, 25 anos no posto de agente chefe e oficial, com vontade de sair da instituição, com vontade de procurar outros projetos profissionais, porque não se reveem na instituição PSP”, acrescenta.
No entender de Paulo Santos nenhuma das medidas, ou ideias, anunciadas pelo Ministro da Administração Interna vão resolver os problemas da PSP, referindo que, em causa, já está a “capacidade de garantir a segurança das populações”.
Questionado sobre os aumentos salariais previstos no Orçamento de Estado para 2023 - que o Ministro Jose Luis Carneiro diz serem os maiores dos últimos anos -, o presidente da ASPP diz que ainda não chegam. Entende que “não vão resolver aquilo que é a atratividade da instituição, porque não será por uma diferença de 50 ou 100 euros que um jovem não vai concorrer à polícia”.
Diz que “o sr. ministro e o Governo têm propalado uma ideia de que está tudo bem, que vai resolver tudo, mas quem conhece a realidade, e quem sabe muito bem a realidade, facilmente chegará à conclusão que isto não passa de comunicação política”.
Para a manifestação desta tarde, o maior sindicato da PSP convidou todas as outras estruturas sindicais da polícia, mas também todos os cidadãos que se preocupem com a segurança, e profissionais das áreas da educação, da justiça, e da saúde. Todos, menos os políticos.
Isto porque querem evitar infiltrações e oportunismos que desvirtuem a luta dos policias.