O ex-embaixador de Portugal na Rússia, Mário Godinho de Matos, admite que o reconhecimento, por parte de Vladimir Putin, da independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk poderá ser o primeiro episódio de um plano de maior dimensão.
Em declarações à Renascença, o diplomata questiona "se isto se limita a estas duas províncias independentistas ou se o Presidente russo tem na mente algo mais".
"Provavelmente, teremos de esperar as próximas horas ou dias para perceber quais serão as consequências no terreno", acrescenta Godinho de Matos, para quem este decreto assinado por Moscovo anula os acordos de Minsk, assinados em 2014 para pôr fim à guerra no leste da Ucrânia, mas diz que ainda é cedo para antecipar consequências.
"O acordo de Minsk não existe mais e, portanto, estamos muito em cima da hora e vamos ver o que se segue", refere.