Na Audiência geral desta quarta-feira de manhã, dedicada ao tema do discernimento, o Papa reconheceu que, por vezes, a insatisfação e o sentimento de tristeza podem ser salutares, se não fugirmos de nós mesmos.
“Uma sadia capacidade de estar na solidão, de estar connosco mesmos sem fugir e até uma certa desolação, sacode a alma, mantém-na desperta, favorece a vigilância, convida-nos à gratuidade, a não agir sempre e só para viver consolados”, disse Francisco.
O Papa aconselhou a imitar os santos que conviveram com Jesus, sem pedir nada em troca.
“Faz-nos muito bem estar com Jesus, sem outro desejo que não Ele mesmo, exatamente como procedemos com as pessoas que amamos: queremos conhecê-las cada vez melhor, porque é bom estar com elas. Para muitos santos e santas, a inquietação foi um ímpeto decisivo para dar uma reviravolta à própria vida. É o caso, por exemplo, de Agostinho de Hipona, Edith Stein, José Benedito Cottolengo e Charles de Foucauld”.
E concluiu: “As escolhas importantes têm um preço que a vida apresenta, um preço acessível a todos”.
Nas saudações finais, o Papa, ao saudar os vários grupos de língua portuguesa, dirigiu-se também “aos representantes da Rádio Renascença de Portugal”.
Ao grupo de peregrinos da Renascença, acompanhados pelo Padre Vítor Gonçalves, assistente religioso da Emissora Católica Portuguesa, e aos outros grupos brasileiros presentes na audiência desta manhã, Francisco deixou um pedido e uma bênção:
“Nunca deixeis que eventuais nuvens sobre o vosso caminho vos impeçam de irradiar a glória e a esperança depositadas em vós, louvando sempre ao Senhor em vossos corações, dando graças por tudo a Deus Pai. Deus vos abençoe!”