A Madeira vai passar a constar na lista verde de viagens do Reino Unido, anunciou esta quinta-feira o Governo britânico.
Com esta decisão, o arquipélago madeirense recebe turistas britânicos sem necessidade de quarentena no regresso a casa.
A medida entra em vigor na próxima quarta-feira, dia 30 de junho.
Portugal continental vai continuar na "lista amarela" do Reino Unido.
Além da Madeira, passam a ficar fora do regime de quarentena as viagens para as ilhas Baleares, em Espanha: Ibiza, Maiorca, Menorca e Formentera.
De acordo com o secretário dos Transportes, Grant Shapps, Malta e algumas ilhas das Caraíbas, como Barbados, também vão integrar a "lista verde".
Em declarações aos jornalistas esta quinta-feira de manhã, Pedro Calado, vice-presidente do Governo Regional da Madeira, disse que a possível inclusão da Madeira seria o reconhecimento do esforço realizado por aquela região portuguesa no combate à pandemia.
"Esta manhã, tivemos contactos de vários órgãos de comunicação social do Reino Unido em que a Madeira seria novamente reposta no corredor verde. Isto é o reconhecimento do trabalho que vem sido desenvolvido aqui na região, é também o reconhecimento da discriminação positiva que o Governo Regional tinha solicitado ao Governo do Reino Unido no sentido de olhar para a realidade específica da região autónoma da Madeira", afirma Pedro Calado.
"Uma vez que a grande maioria dos voos são feitos diretamente do Reino Unido para a Madeira, sem passar pelo continente, não havia qualquer motivo para terem retirado a Madeira da lista verde. Estamos a aguardar a confirmação ao longo do dia de hoje", sublinha o vice-presidente do Governo Regional.
Esta é uma boa notícia para a região, uma vez que mais de 20% do turismo da Madeira tem origem no Reino Unido.
Portugal saiu da lista verde britânica no início do mês devido ao aumento do número de casos de Covid-19 e da variante Delta, cerca de 60% mais transmissível.
A notícia é conhecida no dia em que o Governo anunciou que Portugal vai travar o processo de desconfinamento devido ao agravamento da situação pandémica.