O exército israelita anunciou este sábado ter descoberto armas e detido cerca de 80 membros do Hamas na zona de um hospital no norte da Faixa de Gaza, operação durante a qual realizou um "massacre", segundo o movimento islâmico palestiniano.
O porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas disse na quarta-feira que o exército disparou contra quartos de pacientes no hospital Kamal Adwan, na cidade de Gaza, e denunciou um "cerco" que durou vários dias, citando prisões de funcionários.
Este sábado, o exército israelita indicou ter "concluído a sua operação" neste setor que "era utilizado pelo Hamas como centro de comando e controlo".
"Os soldados prenderam cerca de 80 terroristas", "destruíram infraestruturas terroristas e localizaram numerosas armas", segundo o exército de Israel, que especificou que o pessoal médico foi "interrogado".
"O pessoal admitiu que as armas estavam escondidas em incubadoras destinadas a bebés prematuros", segundo os militares.
O Hamas denunciou um "massacre horrível" no hospital, tendo o exército "destruído com escavadoras as tendas dos deslocados" que ali se refugiaram, causando "uma série de mortes".
Os "crimes" israelitas "visam intimidar o nosso povo e expulsá-lo das suas terras", acusou o movimento, que tomou o poder na Faixa de Gaza em 2007.
O Ministério da Saúde do Hamas relatou 18.800 mortes em ataques israelitas em Gaza desde o início da guerra com Israel, desencadeada pelo ataque sangrento dos comandos do Hamas em solo israelita em 07 de Outubro.
O ataque deixou cerca de 1.140 mortos, segundo autoridades israelitas.