O prazo para o encerramento do processo de venda do Novo Banco terminou à meia-noite e a única certeza que subsiste é a de que a instituição acumula mais de 250 milhões de euros de prejuízo no primeiro semestre. O banco que sucedeu ao BES até conseguiu aumentar os depósitos, mas a queda no crédito e a exposição à antiga PT contribuíram para as perdas.
Sobre a venda aos chineses da Anbang, há apenas relatos de tensas negociações e o jornal "Diário de Notícias" adianta que a venda poderá ter sido adiada.
Aguarda-se um esclarecimento do Banco de Portugal, mas, se a venda falhar, abrem-se três possibilidades.
A primeira é o Banco de Portugal chamar à mesa do diálogo o grupo que apresenta a segunda melhor proposta para negociar, ou seja, o fundo Apollo. Pode, em alternativa, chamar os dois concorrentes rejeitados na primeira fase, juntando ao fundo Apollo a Fosun. Foram ambas excluídas, mas as suas propostas vinculativas continuam a ser integralmente válidas.
Há ainda uma terceira via: suspender o processo de venda, forçando o Banco de Portugal a aumentar o período de vigência do banco de transição por mais três anos. Teria, nesse caso, de ser realizado um aumento de capital com recurso ao Fundo de Resolução.