Mais de duas semanas depois de terem começado os protestos de rua, surgem agora os primeiros sinais de cedência do Governo de Emmanuel Macron, em França.
O movimento dos “coletes amarelos” começou precisamente como reação ao anúncio do aumento do imposto sobre produtos petrolíferos.
No dia em que o Presidente começou a reunir com representantes dos principais partidos e instituições francesas para tentar encontrar soluções para a crise em que os protestos dos “coletes amarelos” tem lançado o país, o ministro da Economia defende agora que será necessário apostar em menos gastos públicos e menos impostos.
“Quanto mais cedo melhor”, diz Bruno Le Maire, sublinhando que o seu governo mediu, pelo padrão desta crise, “a impaciência de milhões de franceses”.
O ministro diz que o movimento dos "coletes amarelos" é o resultado de uma "crise democrática" com "raízes profundas".
Também esta segunda-feira se soube que Emmanuel Macron cancelou uma visita à Sérvia para poder acompanhar mais de perto a situação e procurar uma solução para aquela que já é a maior crise da sua presidência.
As primeiras manifestações dos “coletes amarelos” começaram há semanas, mas o fim de semana ficou marcado por violentos protestos em Paris, incluindo atos de vandalismo no Arco do Triunfo, quando mais de 130 mil pessoas se juntaram à mobilização dos "coletes amarelos".
Dos confrontos resultaram, até agora, mais de 250 feridos e esta segunda-feira começaram a notar-se os efeitos do bloqueio a instalações da petrolífera Total, com vários postos de abastecimento a esgotar o combustível.